quarta-feira, 20 de julho de 2011

Kamakura Parte II

Como não conseguimos ver tudo da primeira vez que fomos a Kamakura, decidimos voltar. Numa das primeiras estações ao longo do caminho de comboio para Kamakura, sentou-se à nossa frente uma simpática senhora japonesa de 70 anos. Passámos grande parte da viagem (até a senhora sair), num animado diálogo (embora grande parte das parcas palavras utilizadas tenha sido consultada no dicionário). A última palavra que nos ensinou foi "tanoshii", que significa "divertimento", desejando-nos um óptimo dia.


Em Kamakura, para chegar a qualquer lado, é quase impossível não passar por um templo...


... encontrando relíquias perdidas há muitos séculos, como a caneca da felicidade :)


O primeiro templo que pretendíamos visitar nesse dia era o Templo Budista Myohonji, fundado no século XII.

Seguimos para o Templo Choshoji, onde supostamente viveu o importante Monge Budista Nichiren (fundador da seita homónima), onde figura uma estátua em sua homenagem.


Aqui há, também, árvores com flores gigantes!
No Templo Ankokuronji, da mesma seita do anterior, presenciámos o início de uma cerimónia religiosa. Reparem no monge, vestido de azul, que recebe os crentes.



Completámos o circuito da seita Nichiren (mesmo sem, na altura, sabermos que o era!) com o Templo Myohoji, onde se encontra uma escadaria com exactamente 50 degraus cobertos de musgo, que hoje em dia é uma das suas principais atracções.


Visto que os outros templos que queríamos visitar estavam do outro lado de Kamakura, aproveitámos para ir até à praia e seguir o caminho à beira-mar. Entretanto começámos a sentir alguma fome e decidimos comprar almoço para comer na praia. Só que... em Kamakura existem, além dos convencionais corvus japonicus, algumas aves de rapina. Estes belos espécimens encarregaram-se de roubar cerca de metade do almoço da Sandra. Mais tarde, e após mudarmos para um local protegido por uma barreira de arbustos, uma destas aves tentou levar o almoço do Gonçalo. No entanto, o heróico português resistiu estoicamente, ficando apenas com um leve arranhão na mão. O alento da sua resistência traduziu-se num buraco na sandes de a agarrar com tanta força! Presenciando este momento, a Sandra colocou avidamente na boca o que restava do seu almoço, assemelhando-se subitamente a um peixe-balão (fugu, em Japonês).

Panorâmica da praia.
Antes do "assalto" - ainda tão feliz e ingénua...
Após a batalha, persiste o olhar de combate.
Seguimos para o templo Hasedera, um dos maiores templos budistas de Kamakura, onde se encontra uma estátua de madeira maciça de Kannon (divindade budista associada à misericórdia). Tem um jardim com lagos cheios de nenúfares...



... exércitos de mini-budas (tanto de pedra [mais antigos] como de plástico [mais recentes]) e...


... o Buda mais simpático de todos os tempos habita o jardim deste templo!


Terminámos com uma visita ao Grande Buda. Com 13.35 metros de altura e 93 toneladas, esta estátua de bronze é um dos mais famosos ícones do Japão.


Sem comentários:

Enviar um comentário