sábado, 30 de julho de 2011

Fuji e Hakone - Parte II

No segundo dia desta maravilhosa viagem despertámos com um simpático mas firme “Ohayou Gosaimasu“ (Bom dia) para nos acordar e “correr connosco“ do quarto para o Onsen enquanto serviam o pequeno-almoço no quarto. Quando voltámos, no lugar dos futons estava uma mesa posta, na qual colocaram imensa comida. A refeição era, então, de acordo com o tipicamente japonês, com direito a sopa de algas, arroz, peixe crú e outras coisas mais ou menos esquisitas (tofú, peixes minúsculos salgados e secos, pickles, omeletes adocicadas, ...) – algumas destas coisas nós não comemos (principalmente a Sandra)... Mas foi uma experiência diferente e extraordinária!


Cheios de energia seguimos para o passeio. Começámos por apanhar o comboio da Linha Hakone Tozan, a primeira linha de comboios de montanha a ser construída no Japão (inaugurada em 1919).

O comboio estava cheio, muito cheio!

A primeira paragem foi no Museu ao Ar Livre de Hakone (Hakone Open Air Museum) que, além de imensa escultura no meio da vegetação, tem um pavilhão do Picasso.




O passe de Fuji-Hakone dava-nos acesso a todos os transportes disponíveis na zona. Portanto, sem custos adicionais, além do comboio e do autocarro que eram necessários para visitarmos os principais pontos de interesse, tivemos direito um troço de funicular e, ainda, a um teleférico panorâmico a uma altitude que metia respeito...


... que nos levou até Owakudani (O Vale do Inferno), conhecido pelas fumarolas sulfurosas e nascentes quentes, onde são cozidos ovos negros. Aqui fizemos um brinde com ovos, que foram alegremente comidos como sobremesa do almoço.



Brinde com ovos negros. Diz-se que quem comer um destes ovos tem mais 7 anos de vida!




Continuámos o caminho até ao Lago Ashi, que percorremos numa réplica do navio sueco do século XVII Vasa (com a diferença que a réplica não afundou ao sair do cais, como o original...).



Ao sairmos do cruzeiro, visitámos o local onde se situava o Posto de Inspecção de Tokaido e Hakone, um importante ponto de cotrolo de tráfego na estrada que ligava Tokyo a Kyoto (Tokaido) na Época Feudal. Hoje em dia existe, no espaço correspondente, uma reprodução bastante fidedigna desta infraestrutura.



Seguimos, por uma alameda de cedros centenários,...




... até à Hakone Shrine onde, além de uma escadaria que vai dar a um templo muito bem conservado, a atracção principal é um Torii à beira da água (que apelidámos de AquaTori).



Aquatori!!!
Ao final do dia apanhámos de novo a linha Hakone Tozan para tentarmos ver a linha de comboio, em especial a enorme quantidade de hortenses que a ladeiam) iluminada. Embora a linha não estivesse iluminada naquela noite (poupança de energia(?)), fomos até à pequena povoação de Gora, onde jantámos num restaurante familiar. Neste local toda a família veio cumprimentar-nos, conversar connosco (dentro das possibilidades do nosso japonês ainda muito limitado) e até tirar fotografias - experienciámos, na primeira pessoa, a tão conhecida hospitalidade japonesa!

"Que Ramen tão grande! Vamos sair daqui a rebolar..."

Depois de tudo isto voltámos ao Ryokan e mergulhámos na água bem quente do Onsen, para relaxar e preparar o corpo para mais uma boa noite de sono.

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