O Palácio!

Ainda no aeroporto Narita, percebemos que a melhor (mais barata) forma de chegar a Tóquio era através de um comboio local. Comprámos os bilhetes (1190 yens cada) e embarcámos.

Depois de esperarmos breves "segundos" pelo comboio (é impressionante a eficiência do sistema de transportes japonês), embarcámos numa viagem que, embora breve, deu para termos um primeiro contacto com o Japão. Neste percurso, vimos "florestas" de bambú, casas típicas com os belos telhados azuis (que parecem de porcelana), carros pequenos e muito compactos (que apelidámos de cube-mobile), templos, pequenos terrenos cultivados e tantas outras coisas...

Narita Express

Neste comboio fomos até Nippori, uma estação que faz a correspondência entre a linha de comboio de Narita e uma outra linha de comboio, de Tóquio, que circunda a zona central da cidade (Yamanote Line). Esta linha permite aceder rapidamente a qualquer linha de metro e às principais zonas de Tóquio. No nosso caso, fomos até Shinjuku, onde se situa a Sakura House (espécie de imobiliária, através da qual alugámos a nossa casa).

Entrada dos Escritórios da Sakura House

Se ainda se lembram, levávamos a casa às costas, o que significa duas malas e uma mochila por pessoa :) Até aqui tudo bem. No entanto, a mala do Gonçalo, no caminho entre a estação e a Sakura House, partiu-se na zona do suporte do trolley, impossibilitando o cómodo "puxar a mala". Portanto, a partir deste momento, ele teve de estar numa posição corcunda para poder arrastar (penosamente) a mala!!!

Na Sakura House, descobrimos que os nossos cálculos matemáticos estão a precisar urgentemente de uma ampla revisão. Vejamos: Como só tínhamos o cartão de crédito da Sandra, tínhamos feito as contas e vínhamos super descansados a pensar que tínhamos plafond para pagar o primeiro mês de renda da casa, como era requisitado pela Sakura. Mas...

750€ < 118.000¥

Portanto, conseguimos pagar a renda por um de nós com o cartão, mas o outro tinha de levantar ¥¥¥ para poder pagar. O problema é que existe um limite para o levantamento com cartão de débito (e o plafond do de crédito já estava praticamente esgotado). Portanto, entre o resto do de crédito, o de débito do Gonçalo e os yens que tínhamos trazido (nenhum dos nossos de débito da CGD funcionou) lá conseguimos, mesmo à conta, pagar a renda e ficar com uns yenzitos para comer e para o metro.

No meio de toda esta epopeia, acabámos por passar bastante tempo na Sakura Houses, já que também os colegas que vieram connosco estavam com um problema similar. Enquanto formalizávamos o aluguer e esperávamos por toda a papelada (desde a lista com os itens que estavam na casa até às instruções de tudo e mais alguma coisa (ar condicionado, banho [a banheira funciona através de um painel electrónico], separação do lixo, etc.)) serviram-nos um chá verde daqueles bem fortes. Preparado à moda japonesa, eram servidos em "tacinhas" e de cor e sabor muito, muito intensos.

E voilà. Lá nos deram a chave de casa. Apressámo-nos a apanhar o metro (ainda com a casa [meio deteriorada] às costas) para irmos para o nosso "palácio", que fica em:

Sakura House Moto-Hasunuma, Apartamento 408

45-18 Hasunuma cho, Itabashi-ku, Tokyo 174-0052

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Situa-se neste edifício:

É igualzinha ao vídeo:

Entra-se para uma área de kitchenette:

Nesta área temos acesso às casas de banho. As casas de banho no japão são divididas: a casa de banho [sanita+lavatório] está separada da zona de banheira ou chuveiro.

Painel electrónico para controlo da água quente.

Depois, temos uma zona de estar com roupeiro (que pode ser transformada em quarto para os nosso queridos amigos/familiares) mas que por enquanto é sala de estar e zona de refeições (embora usemos muito mais o quarto porque é o onde está o ar condicionado e ainda está muito frio!).

No final desta aventura, às 5 da tarde, pousámos as malas, abrimos os futons, e dormimos até às 3 da manhã do dia seguinte. Foi só nesta altura que desfizemos as malas!...