Um dos fins de semana de verão decidimos visitar Nikko. Esta é uma vila a norte de Tokyo famosa pela sua história e natureza. Situa-se num parque natural de montanha com fantásticos lagos, cascatas, vistas panorâmicas, percursos pedestres e termas. Nikko foi um centro religioso Xintoísta e Budista e, portanto, tem vários templos e, num deles, o mausoléu do Xógum Tokugawa Ieyasu, o fundador da dinastia Tokugawa.
Como a nossa visita a Nikko se restringia a um fim de semana, decidimos comprar um passe ainda em Tokyo que incluía todos os transportes e entradas nas atrações principais. Dividimos a nossa visita a Nikko em duas partes temáticas: no primeiro dia visitámos o parque natural circundante e no segundo dia a ligação histórica de Nikko ao Xógunato.
A viagem de comboio entre Tokyo e Nikko ainda foi longa, isto é, ocupou-nos toda a manhã. Quando chegámos, à hora do almoço, fomos fazer o reconhecimento ao alojamento, apanhámos uma (pensámos nós) grande chuvada mas, mesmo assim, partimos à descoberta das famosas quedas de água da zona, ainda não muito molhados...
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Os nossos passes |
Uma hora de autocarro mais tarde, chegámos à primeira cascata, Kegon.
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Para comemorar os 1276 metros de altitude... |
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Fantástica paisagem montanhosa! |
Estas quedas de água estavam algo escondidas no meio da floresta e numa zona escarpada pelo que, para chegar ao local panorâmico de observação, era preciso apanhar um elevador.
E depois do elevador...
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A erosão ainda não apagou a origem vulcânica das escarpas que circundam a catarata. |
Seguimos para a queda de água Ryuzu ou "cabeça de dragão", famosa no outono pelos vários tons de cores quentes, que também contribuem para o seu nome.
Seguimos para as últimas quedas de água do dia, as Yudaki. Antes de as visitarmos parámos para um snack, uns dango tradicionais cozinhados na brasa mesmo à nossa frente.
Fomos então espreitar as cascatas, que têm 25 metros de largura e 75 metros de altura.
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Singing in the rain |
Pois, já na altura chovia... Mas piorou.
Enquanto subíamos os 75 metros da cascata pela encosta que a ladeava, bastante íngreme, esta começou a transformar-se numa cascata adicional sobre nós.
As escadas não eram muito largas e estavam cheias de amálgamas disformes de lama e ramos de árvores que desciam pela encosta. Não há registos fotográficos desta parte porque estávamos a tentar que a máquina sobrevivesse ao temporal.
Apesar de tudo, chegámos ao topo.
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O início da cascata Yudaki |
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Ponte sobre o lago que dá origem à cascata |
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Não é nevoeiro... é tudo chuva! |
Com esta subida fenomenal e o retorno à paragem do autocarro ficámos molhados desde os pés às pontas dos cabelos. Como resultado, íamos literalmente a escorrer água quando conseguimos apanhar o autocarro de retorno. Quando chegámos ao alojamento em Nikko, cerca de duas horas depois, utilizámos todos os aparelhos eletrónicos que havia para conseguirmos secar roupa para ir jantar: aquecedor, secador, ar condicionado e ventoinha!
Como anteriormente não tínhamos conseguido fazer check-in no alojamento, transportámos todo o dia uma mochila com todos os nossos pertences. Portanto, o encharcamento total inclui tudo o que estava na mochila, como mudas de roupa, guias e as nossas carteiras. Foi aqui que o cartão de doutoramento do IST da Sandra morreu.
Depois de toda esta aventura (e quando conseguimos secar minimamente a roupa!) saímos para jantar um maravilhoso e reconfortante Ramen, o favorito da Sandra no Japão!!! Estava tão bom que nem nos lembrámos de tirar fotos.