Nos próximos posts vamos continuar a descrever as nossas aventuras. Não vão ter o detalhe de outros tempos, porque a memória não é infalível. Mas vamos a isso.
Há muitas festividades no verão japonês. Uma delas é o Obon. Este ritual dá-se entre meados de Julho e Agosto. No caso de Kagurazaka (o bairro de Tokyo onde nós vivemos), este festival dá-se em meados de Julho. O Obon é um evento Budista anual para relembrar os antepassados. Acredita-se que, anualmente, por esta data, os seus espíritos voltam à Terra para visitar os familiares. Assim, são colocadas lanternas nas fachadas para os guiar e são exibidas danças Obon (chamadas de Bon Odori). As campas são visitadas e são feitas oferendas de comida em altares caseiros e nos templos. No final deste ritual, as lanternas são colocadas a flutuar nos rios, lagos e oceano, de forma a guiar os espíritos de volta ao seu mundo.
Templo rodeado de lanternas comemorativas |
Como não fazíamos a mínima ideia deste ritual, fomos surpreendidos um dia ao chegar a casa. A rua principal estava cortada e cheia de movimento. Assim, de repente, vimo-nos envolvidos, mais uma vez, na tradição japonesa, o que mostrou mais uma vantagem de mudar para um bairro mais tradicional do que Motohasunuma.
Surpresa ao chegar a casa: rua sobrelotada |
Na nossa zona, especificamente, a rua principal foi fechada ao trânsito, as famílias, dos mais jovens aos mais idosos, faziam piqueniques em conjunto nos passeios, enquanto observavam paradas de dançarinos, também estes das mais variadas idades.
Piqueniques familiares nos passeios |
Danças Obon |
A juntar a isto tudo existiam iluminações e bancas de comida (como aliás já faz parte de qualquer festividade japonesa).
Nós entrámos no espírito, observámos, comemos e rimos. Só não fizemos piquenique.
Yakitori. Hmmm, tão bom! |
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